O “neutro” PMDB e a velha face no Poder, seja quem for
13 mar 2016
Leandro Mazzini – Coluna Esplanada:
O atual PMDB mostrou ontem a sua velha face – ele prega independência, se diz neutro, mas está sempre no Poder desde a redemocratização. O partido é PhD nesse item político: faz suspense, grita para o povo, mas nos gabinetes e jantares afaga presidentes da República há 30 anos. Atualmente, o beija-mão é para Lula e Dilma, e assim a legenda mantém os sete ministérios.
O partido é o retrato da instabilidade política do País – não sabe para onde vai.
O PMDB só sai do Governo se não mais houver Poder – fica até 2018 pela coalizão eleita, ou pula fora se a presidente Dilma cair. Neste cenário, se o vice Michel Temer assumir, o partido faz festa. Se cai a chapa toda, o partido cola em quem assumir o Palácio.
E por que o PMDB anunciou ontem em sua convenção que precisa de mais 30 dias para decidir se desembarca do Governo ou mantém a aliança?
Este é o período que os expoentes do partido precisam para sentar à mesa dos ministros Palacianos Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Casa Civil) para fechar a indicação do deputado Mauro Lopes na Secretaria de Aviação Civil e atender a demanda da ala majoritária das bancadas no Congresso. São pedidos de cargos importantes e estratégicos em estatais nos Estados. Só isso. Este é o PMDB em suas entranhas.
Essa demanda para apadrinhados políticos vem especialmente dos deputados. Desde antes da recondução do líder Leonardo Picciani (RJ) na Câmara.
Agora, o controle do som do megafone peemedebista para a população está nas mãos de Berzoini e Wagner. Depende apenas dos dois ministros petistas e do aval da presidente Dilma Rousseff que rumo o por ora aliado vai tomar.
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